Fatores de risco e prevenção
O câncer do colo do útero é quase sempre causado por infecções genitais persistentes por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV), que estão presentes em mais de 90% dos casos. Estas infecções são sexualmente transmissíveis e muito comuns em mulheres e homens. Outros fatores de risco para o desenvolvimento deste câncer são o tabagismo e a baixa imunidade devido ao uso de medicamentos ou pela presença de imunodeficiências.
Este câncer geralmente se desenvolve ao longo de anos e pode ser prevenido através de exames de rastreamento como o Papanicolaou e o de teste de HPV, os quais podem identificar lesões pré-cancerosas se feitos regularmente. As vacinas contra o HPV são também muito importantes para prevenir infecções por estes vírus e, portanto, prevenir o desenvolvimento deste câncer.
Vacinação contra o HPV
Atualmente, há três vacinas contra o HPV: a vacina bivalente (Cervarix®) contra os HPVs 16 e 18, a vacina quadrivalente (Gardasil®), contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 e a vacina nonavalente (Gardasil® 9), que oferece proteção adicional contra os subtipos 31, 33, 45, 52 e 58.
A vacina quadrivalente faz parte do calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e deve ser administrada em duas doses, com intervalo de seis meses, a meninas de 9-14 anos e meninos de 11-14 anos. Meninas e meninos que chegaram aos 15 anos sem completar as duas doses da vacina podem também atualizar o esquema vacinal.
Desde 2017, a vacina contra o HPV está também disponível para mulheres e homens vivendo com HIV, ou que sejam pacientes transplantados ou oncológicos. Em 2021, o Ministério da Saúde ampliou a indicação da vacinação para as mulheres com até 45 anos com uma destas condições.
Rastreamento
As diretrizes internacionais divergem entre qual o melhor momento de início do rastreamento do câncer do colo do útero e qual o melhor exame a ser empregado.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda o reastreamento com o exame citopatológico, conhecido como Papanicolaou, para mulheres de 25 a 64 anos que têm ou já tiveram atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser realizados com intervalo de um ano e, se ambos os resultados forem normais, pode-se realizar os exames subsequentes a cada 3 anos.
Em mulheres com mais de 64 anos, os exames podem ser interrompidos quando houver pelo menos dois exames normais nos últimos cinco anos. Mulheres com mais de 64 anos que nunca realizaram o exame devem realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se os exames forem negativos, podem suspender o rastreamento.
Outras modalidades de rastreamento do câncer do colo do útero recomendadas por sociedade internacionais incluem o teste HPV, que deve ser feito em mulheres de 25 a 65 anos, a cada 5 anos, ou a combinação do teste HPV e exame de Papanicolaou, com a mesma periodicidade.
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